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Derrapada: Alice In Chains – Dirt

terça-feira, 21 de maio de 2013|
Alice_In_Chains-Dirt-Frontal

Alice In Chains – Dirt [1992]


Dos nomes a despontarem na década de 1990, o Alice in Chains foi um dos mais interessantes. Oriundos de Seattle e formados a partir do embrião Alice N’ Chains, bastou aparecerem na mídia para que fossem rotulados como uma banda grunge. Acontece que de grunge eles não tinham muito.

A evolução musical de Jerry Cantrell e seus comparsas através dos anos foi algo notável, e se mostrou constante desde o início da carreira dos caras, quando eles evoluíram de uma banda dignamente farofeira para a paulada coesa vista no debut Facelift. O lançamento de 1990, contudo, ainda possuía alguns traços do hard rock de outrora. A influência hardeira seria suprimida dois anos depois, naquele que é considerado o divisor de águas da carreira do AiC.



Dirt, apesar de ser apenas o segundo trabalho do quarteto, é um passo gigantesco em relação a Facelift. Aqui, os caminhos mais pesados começam a ser seguidos, com a banda montando a receita definitiva de sua sonoridade. O álbum em questão também se trata de um belo exemplo do total desvinculo da banda do popular grunge (pelo menos sonoramente falando).

A obra estreou em 6º lugar nas paradas da Billboard, e mostrou um amadurecimento tremendo de cada instrumentista. Os riffs eficientes e pesados de Cantrell, assim como suas letras, estão mais criativos do que nunca. A cozinha formada por Mike Starr e Sean Kinney, que já era furiosa, se superou e se encontra em total sintonia. Layne Staley, por sua vez, nos brinda com as melhores vocalizações de sua curta carreira. Por essas e por outras, Dirt é de uma qualidade monstruosa.



Dentre as doze faixas componentes, encontram-se tanto clássicos incontestáveis quanto pepitas injustamente perdidas. “Them Bones”, a porrada de abertura, é uma das que me vejo na obrigação de mencionar. O mesmo para as belíssimas “Down in a Hole” e “Rooster”, que mostram que eles tinham (e têm) a mão para baladas.

“Rain When I Die”, assim como “Sickman”, “Junkhead”, “Hate to Feel” e a faixa-título, são os momentos mais pesados do disco, tanto lírica quanto musicalmente falando. Ao final de Dirt, então, nos deparamos com as duas composições mais conhecidas do quarteto: “Angry Chair” e “Would?”, que simplesmente dispensam comentários.

Dirt é significativo por dois motivos: o início do sucesso comercial absoluto e o encontro da sonoridade ideal, o rock alternativo que pende pesadamente para o lado heavy metal da força. Um dos melhores lançamentos da década de 90, sem erro.




Layne Staley (vocal, guitarra)
Jerry Cantrell (guitarra, vocal)
Mike Starr (baixo)
Sean Kinney (bateria)

01. Them Bones
02. Dam That River
03. Rain When I Die
04. Down in a Hole
05. Sickman
06. Rooster
07. Junkhead
08. Dirt
09. God Smack
10. Hate to Feel
11. Angry Chair
12. Would?

Alice In Chains

Fonte: Van do Halen

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